segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Rafting Rio Arequipa - Peru


Na minha passagem pelo Peru eu fiquei na cidade de Arequipa, muito legal por sinal, em outra postagem eu falo mais sobre ela, agora quero falar sobre o rafting que fiz lá.

Eu não fui com a intenção alguma de fazer rafting, porém meus amigos compraram sem eu saber e vieram me falar que no outro dia cedo estaríamos descendo de rafting pelo Rio Arequipa. Paguei cerca de 65 soles em uma empresa que não lembro o nome, no dia seguinte uma van passa no nosso hostel bem cedinho e nos leva pra vestir todo o equipamento, e é um monte de tranqueira que agente tem que levar, capacete, colete, uma roupa especial por baixo, eu não sabia de nada disso pois nunca havia feito isso antes.

Feito isso nos voltamos a nossa van apertadinha e seguimos para o Rio Arequipa, que fica na base de uma montanha congelada e a maior parte do rio é o próprio degelo da montanha, ou seja, água congelante. Na van, só tinha eu e meus amigos de brasileiros (4 pessoas) o resto era tudo de fora, e lá conhecemos uma holandesa chamada Famke, que estava viajando sozinha, muito gente boa ela. Algumas minutos depois nós chegamos no lugar em que íamos descer, e é um local lindo, um pasto totalmente verdinho com algumas lhamas comendo grama por ali e lá no fundo se encontrava uma montanha e seu cume congelado. A paisagem vista ao vivo é de tirar o folego, ficamos ali por alguns minutos enquanto o pessoal preparava os botes.


Botes prontos, é a hora do treinamento, eu sou um desastre pra explicações instantâneas assim, e o cara escolheu logo eu pra ver se estava entendendo tudo e como ajudante, são vários códigos que eles usam pra você saber a hora de se jogar pra esquerda, pra direita, ou a hora pra deitar dentro do bote, se fosse em português eu até conseguiria, mas a explicação era em espanhol, mas mesmo com meu espanhol avançado eles falam muito rápido, eu fiquei nervoso com tanta gente me olhando e me confundi todo nessa hora, e claro, todos os gringos ficaram rindo de mim, mas estávamos prontos pra cair na água. Carregamos os botes até a beira do rio e entramos nele para começar a aventura, o guia nos deu umas ultimas dicas antes de começarmos a descida e lá fomos nós.

São cerca de 2 horas de descida rio abaixo com 1 parada no percurso, quando coloquei o pé na água vi o quão estava gelada, vocês não tem noção de como aquilo estava gelado, e não é frio igual chuveiro desligado não, é congelante mesmo, o sangue parar de circular no corpo. Muito animados começamos a descer. Durante a descida, com toda aquela adrenalina, agente nem sente o frio, mas quando as corredeiras param um pouco agente começa a perceber, eai eu entendi o porque de a gente carregar tanta tralha, pra impedir que a água entre por debaixo, mas nem isso adiantou, na hora que nosso bote desceu a primeira cachoeira, a água entrou nas minhas costas e eu chega arrepiei, quando olhei para os meus dedos, eles estavam totalmente brancos, muito sem noção esse passeio, porém muito divertido.

Depois de 1 hora de descida rio abaixo nós paramos em uma parte que era mais calma, e por sinal havia uma pedra imensa lá, já desconfiava o que sabia, eles nos fizeram pular dessa pedra gigante no rio, e lá fomos nós, pra sair do bote foi difícil pois nem conseguia controlar minhas pernas direito de tanto frio, subimos naquela pedra imensa e pulamos, e foi muito esquisto, a adrenalina é tanta que de começo quando pulamos a gente nem percebe que a água está gelada, mas depois do impacto que você afuna e para lá em baixo,  parecia que estavam entrando mil agulhas no meu corpo, doidera demais.

De lá nos voltamos para o bote e continuamos a descida, aonde dessa vez iriamos encontrar a maior queda d'água  com 5 metros de altura, sentiu a força da criança? E lá fomos nós nela a baixo... preciso nem falar que depois disso nós afundamos de vez dentro da água, mas é tanta aventura que as vezes a gente esquecia o frio. Algum tempo depois chegamos ao destino final, ao contrário entraríamos dentro da cidade aonde a água não é mais tão limpa assim, ao sair dos botes foi um choque, pois não conseguíamos andar direito, as pernas cambaleando e as mãos sem tato devido a falta de circulação de sangue, mas foi uma aventura inesquecível e merecia ter o relato contado aqui. Nos aventuramos em outros locais também, mas isso já é uma outra história.

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